No alto de São Paulo, um espaço verdejante com vista para os Campos do Lis que eram denominados antigamente como Campos do Ulmar existia já em 1399 uma ermida de invocação a S. Paulo que foi derrubada aquando da construção da igreja Paroquial, pouco depois de 1630.
Com origem nos peditórios para as antigas confrarias da freguesia, existiriam no início do século XX duas festas que duravam apenas um domingo (havia a eucaristia dominical seguida da procissão das imagens e dos andores).
A primeira, em honra de S. Pedro e S. Paulo, comemorava-se no domingo seguinte ao dia 29 de junho (dia do falecimento destes dois santos). A mais importante, e considerada a festa anual era no 1.º fim-de-semana de setembro que era a festa do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora.
Com o aumento da freguesia e consequentemente das suas capelas e grupos recreativos considerou-se que havia muitas festas e para além disso, Amor teria que dar mais importância ao seu padroeiro, deste modo juntaram as duas festas e a procissão incorporou todas as santas imagens. Passou a celebrar-se no 3.º fim-de-semana do mês de agosto, visto ser a época do ano em que os emigrantes amorenses voltam de férias, podendo presenciar e admirar os festejos.
Posteriormente as tradições da festa sofreram algumas alterações, sendo que atualmente se iniciam com as confissões, sendo realizada depois a procissão das velas. No domingo, após o almoço há a eucaristia seguida da procissão das imagens religiosas e dos andores.
Texto elaborado com base em informações prestadas por Soledade Varalonga
