A tradição do Dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram junto do Menino Jesus.
Os três magos foram guiados por uma estrela a Belém, onde se encontrava Maria com o seu filho Jesus, recém-nascido. Partindo de sítios diferentes, cada um levou um presente cheio de significado:
Gaspar partiu da Ásia, levando incenso para proteger o Messias. Como fonte de fé e espiritualidade, este objeto tinha como finalidade espantar insetos com o aroma espalhado pelo ar.
Da Europa, chegou Belchior. Como presente levou ouro, que apenas era oferecido a Deuses. Ofereceu-o a Jesus como símbolo de riqueza e realeza.
Baltazar levou mirra de África, era a lembrança oferecida aos profetas. É um óleo ou resina extraído de uma planta, utilizado para a preparação de medicamentos.
Segundo a lenda, os Reis tiveram uma discussão perto da gruta onde estava o menino, para saber qual deles seria o primeiro a oferecer o presente. Um artesão que por ali passava assistiu à conversa e propôs uma solução para o problema, para ficarem todos satisfeitos. O artesão resolveu fazer um bolo e meter uma fava na massa. Depois de cozido, repartiu o bolo em três partes e aquele a quem saísse a fava seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino. Assim ficou conhecido pelo nome de bolo-rei e, como tinha sido feito para escolher um rei, passou a usar-se como doce de Natal. Dizem que a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas simbolizam a mirra e o aroma, o incenso.