Eduardo Humberto Seco Duarte, natural da localidade de Barradas e a residir em São Romão, Leiria, é árbitro. O jovem, de 32 anos, arbitrou cinco épocas em futebol 11, até descobrir uma enorme paixão pelo futsal.
Como surgiu o futebol na sua vida?
Joguei futebol durante três anos nas camadas jovens do CRC 22 Junho. Mas como o jeito para a “coisa” não era muito, não foi de todo difícil deixar de jogar.
Desde cedo teve o sonho de um dia ser árbitro? Porquê?
Tudo começou com a curiosidade. O Sr. Dinis Matias foi árbitro e ao ouvir as suas histórias ficou-me o bichinho de experimentar e assim foi. Há 11 anos atrás inscrevi-me no curso de árbitros da Associação de Futebol de Leiria. Inicialmente comecei pelo Futebol 11, onde estive cinco épocas e, a meio da mesma época em que comecei, resolvi experimentar o Futsal. Foi uma modalidade que me apaixonou e onde estou até á data.
Em que liga(s) de Futsal arbitra?
Acabei agora a 3ª época na 2ª divisão nacional da Federação Portuguesa de Futebol, onde fiquei em 63º lugar, num total de 116 árbitros.
Na(s) liga(s) em que arbitra também existem conflitos similares à 1ª Liga portuguesa?
A arbitragem, actualmente, é sempre o “bode expiatório” para as falhas das equipas. Para o público, o árbitro é sempre o culpado de tudo e esta nossa mentalidade origina os conflitos que se vêm na televisão. Felizmente no futsal as coisas são mais suaves, pois trata-se duma modalidade em crescimento em que nem toda a gente sabe as regras e, deste modo, a contestação não é tão forte.
Ao longo da sua carreira já se viu envolvido em algum conflito?
Durante estas 11 épocas, posso felizmente dizer que, nunca tive nenhum conflito grave. Nunca fui agredido fisicamente pois, verbalmente, somos em todos os jogos assim que entramos em campo.
Acredita que tem capacidades para chegar à 1ª Divisão do futsal português?
Actualmente não é o facto de ser bom árbitro ou não que define isso, mas sim a idade, a capacidade física, e alguns conhecimentos. O meu objectivo é manter-me na 2ª divisão e trabalhar o melhor possível para alcançar a melhor classificação no final da época.
Qual é a sua profissão actual? É fácil concilia-la com a arbitragem?
Sou Engenheiro de Gestão Industrial no Departamento de Pintura de uma Metalomecânica na Marinha Grande. O facto de ter isenção de horário faz com que não seja muito difícil conciliar a arbitragem ao fim de semana com o emprego. É sempre mais complicado conciliar a vida familiar, pois os fins-de-semana são passados a andar de um lado para o outro, para Lisboa, Santarém, Castelo Branco, Coimbra, Açores, Madeira, etc., e assim durante a semana é trabalhar e ao fim de semana arbitrar.