A adopção ou aquisição de um animal deve ser um processo elaborado, pensado e sensato e não um mero capricho. “Dar um animal” pode até ser um gesto bonito, mas a verdade é que estamos a “dar” muito mais do que um objecto. É um ser vivo que pode viver 10 a 20 anos e que durante todo esse período vai precisar de cuidados.
Por isso, como costumo responder a quem me pergunta “onde arranjo um cão ou um gato?”, a questão não é onde, é: está preparado para o ter? E quando “damos” um animal por mero capricho ou porque achamos que a pessoa até precisa de companhia ou de amor animalesco, podemos estar-nos a esquecer desta questão.
Eu aconselho a adopção de animais, claro, e sei que nós humanos beneficiamos muito da companhia dos animais, mas o processo de adopção tem de ser estruturado. Ser “pai” de um animal é como ser pai de uma criança humana. É necessário dispor de espaço, tempo, dinheiro e também amor e paciência para o educar. É necessário mudar rotinas, mudar a disposição da casa, mudar várias coisas para que todos, incluindo o novo animal, vivam em harmonia no lar.
Faça a vida de um animal feliz, adopte, mas primeiro informe-se.