Apesar de ainda não ter sido oficialmente inaugurado, o edifício do novo centro de saúde em Amor levou a Câmara Municipal a apresentar um pedido de realocação de despesas à União Europeia.
Construído com o apoio de fundos europeus, o edifício destinado ao centro de saúde foi alvo de um pedido de alteração de utilização. Desde o início do ano, a nova unidade de saúde enfrenta dificuldades significativas, com a saída de duas médicas que optaram por deixar o Sistema Nacional de Saúde para ingressar em centros de saúde públicos que estavam sem médicos, mas contratadas por empresas privadas e com salários superiores.
Com a iminente ameaça da terceira médica seguir o mesmo caminho, a autarquia decidiu agir, submetendo um projeto de conversão do edifício à União Europeia. O plano apresentado prevê a transformação do espaço numa residência universitária, com a construção de um segundo andar que incluirá três apartamentos T0 com rendas controladas para jovens.
Esta proposta visa dar um novo propósito ao edifício, promovendo o acesso à habitação, uma preocupação cada vez mais premente na região de Leiria.
Uma vez que o argumento apresentado durante anos para a possível falta de qualidade dos serviços clínicos era a falta de condições do edifício, os serviços autárquicos deverão reabilitar uma sala algures no centro de freguesia para receber a única médica que ainda resiste.
O pedido de realocação de despesas aguarda agora avaliação por parte das autoridades competentes da União Europeia, enquanto a população local permanece atenta aos desdobramentos desta situação que tem impacto direto na saúde e no bem-estar da comunidade.