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Voz do Leitor: A greve dos combustíveis

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Parece que acabei de acordar de um sonho e emergir numa realidade um tanto alarmante. Estou a referir-me precisamente à situação da greve dos combustíveis que, como todos tão bem sabemos, afeta todas as pessoas tanto ao nível das deslocações dos civis como dos bens de consumo, incluindo alimentação e até mesmo medicamentos. Mas, perante um cenário de greve do qual apenas sabemos o início e não temos qualquer perspetiva de término, temos também de ser um pouco críticos e pensarmos no que se passa realmente aqui! Todos os meios de comunicação estão a publicar notícias a incentivar as pessoas a serem “calculosas” e a abastecerem-se para os tempos de greve que para aí vêm. Eu não conduzo nem trabalho, por isso não sinto na pele o medo de não me conseguir deslocar para o trabalho livremente. Porém, será mesmo necessário começar 4 dias antes de uma greve a esgotar o combustível que existe nas bombas de gasolina? Creio que não.

Agora passando para uma avaliação muito pessoal de tudo o que está a acontecer: nós (cidadãos comuns) estamos a ser levados a cavar a nossa própria sepultura a partir do momento em que somos nós próprios quem abastece os nossos carrinhos com um volume de combustível anormalmente grande ou vamos às comprinhas para encher a despensa, deixando as prateleiras dos supermercados vazias. A verdade de tudo isto é que estamos a tornar reais todas as previsões que os meios sociais fizeram acerca da greve.

Para terminar gostaria de deixar um conselho para todos os que o quiserem seguir, sejam prevenidos, mas não demasiado, porque de facto não estamos em nenhum estado de emergência. É também importante deixar a nota de que quem não concorda com o motivo da greve ao ter este excesso de precaução que referi só está a permitir que esta greve tenha um resultado mais favorável aos motoristas porque, face a um cenário de falta de bens de consumo primários, o Estado é obrigado a fazer cedências.

Texto por Joana Celina Santos, moradora na Brejieira

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